O nome é sugestivo, inquietante. Especialmente porque a capa traz um menino sozinho, olhando para o céu. Só isso já me fez parar na frente do livro. O autor, Jostein Gaarder é o mesmo autor de O mundo de Sofia (que eu estou louca para ler novamente) e O dia do curinga (que também super recomendo). Então já eram dois pontos que eu estava levando em consideração para tirar o livro da prateleira da livraria e colocar na prateleira da minha casa. Na sinopse, atrás do livro, dizia que se tratavam de dois personagens: Joakim e Mika. O primeiro um menino de 8 anos que encontra Mika e não acredita no que vê: “eles são muito diferentes, mas são muito parecidos”. Os dois passam 24 horas juntos e essa convivência pode ou não ser um sonho. Adorei a descrição: comprei e comecei a ler... a cada pausa que eu dava eu falava para os meninos: vocês têm que ler esse livro, é fascinante!
Ei, tem alguém aí?, foi publicado pela Companhia das Letrinhas, é dividido em 8 capítulos e é uma espécie de carta que Joakim está escrevendo sobre o dia em que seu irmão chegou e tudo que ele descobriu nestas 24 horas. Uma das coisas que achei muito legal foi a importância que Mika deu a pergunta. Isso, a pergunta, aquela que tantas vezes é ignorada ou desprezada. Aqui em casa sempre tentamos responder a todas as perguntas com a maior sinceridade possível, mesmo que seja “não sei, vamos procurar”. Poucas vezes os meninos escutaram “pare de perguntar”. Nem sempre é fácil responder tudo e já tive vontade de impedir que mais perguntas viessem mas sempre instigar perguntas é possibilitar a descoberta e hoje pode ser um simples “por que está chovendo?”mas amanhã pode ser uma pergunta revolucionária. Pois bem, a ideia do que é pergunta dada por Mika é tão legal que eu aproveitei para fazer umas perguntinhas que ficaram dentro do livro e que serão respondidas pelo próximo leitor aqui de casa que, eu espero, faça novas perguntas para aquele que o suceder.
Mas o que afinal Mika disse? “A resposta é sempre um trecho do caminho que está atrás de você. Só uma pergunta pode apontar o caminho para frente” (p. 28). Por que ele disse isso? Aí recomendo a leitura.
Lá das nuvens dá para ver o mundo. De lá posso imaginar e contar histórias. Cada pássaro, raio de sol ou gota de chuva pode contar a sua história também. Quando estou no alto das nuvens pode ser que ninguém me veja, mas eu posso ver todo mundo e tentar ajudar, se for preciso, e se for o caso. O caminho pode ser difícil, mas um livro pode ajudar na jornada. Afinal, um livro nos leva a lugares que não pensamos estar. Com um livro podemos ver o mundo, mesmo que estejamos lá, no alto das nuvens.
quinta-feira, 17 de maio de 2018
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