Uma capa muito simples mostra dois pequenos pinguins. O título pode ser um índice de que algo ruim vai acontecer. Mas é só abrir o livro Apesar de tudo, do colombiano Dipacho, traduzido por Mell Brites, para se encantar.
Assim como a capa as ilustrações internas são simples e os textos são curtos. A obra fala do encontro dos dois pinguins da capa, conta como eles caminham juntos pela vida e como, às vezes, a separação é inevitável. Mas também mostra que se eles se encontraram eles podem se reencontrar e enfrentar os problemas juntos.
Nos últimos dias ele virou leitura obrigatória aqui em casa. Tento deixá-lo por último (nunca conto menos de três histórias por aqui) porque conseguimos sobre estarmos juntos, sobre os problemas que cada um enfrenta mas também que é muito bom saber que podemos compartilhar as coisas com pessoas que nos amam e que amamos.
No alto das nuvens
Lá das nuvens dá para ver o mundo. De lá posso imaginar e contar histórias. Cada pássaro, raio de sol ou gota de chuva pode contar a sua história também. Quando estou no alto das nuvens pode ser que ninguém me veja, mas eu posso ver todo mundo e tentar ajudar, se for preciso, e se for o caso. O caminho pode ser difícil, mas um livro pode ajudar na jornada. Afinal, um livro nos leva a lugares que não pensamos estar. Com um livro podemos ver o mundo, mesmo que estejamos lá, no alto das nuvens.
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019
Por um mundo mais legal
Marcelo Tolentino trabalhou como publicitário até 2016 quando decidiu se dedicar à ilustração e às artes plásticas. Seu primeiro livro, O mundo seria mais legal, arrancou risos aqui em casa (já pensou como seria se o pum fosse um instrumento musical?) e alguns estranhamentos também, afinal, como um polvo poderia ser um entregador de jornal?
A linguagem e a ilustração não são nada rebuscadas. Há uma leveza na obra que nos agradou muito aqui em casa. E foi assim, lendo um livro bem simples, mas com uma ideia genial (fazer um mundo mais legal) que nos divertimos, refletimos e tivemos várias ideias: o que podemos fazer para ter um mundo mais legal?
A linguagem e a ilustração não são nada rebuscadas. Há uma leveza na obra que nos agradou muito aqui em casa. E foi assim, lendo um livro bem simples, mas com uma ideia genial (fazer um mundo mais legal) que nos divertimos, refletimos e tivemos várias ideias: o que podemos fazer para ter um mundo mais legal?
quinta-feira, 25 de outubro de 2018
Vovô Mandela
Nem preciso dizer o quanto admiro Nelson Mandela (já escrevi sobre ele no Leio Enleio e aqui também). Ele é, para mim, uma grande fonte de inspiração e, para minha alegria, ele também alimenta a vontade de ter um mundo melhor de muita gente. Em 2018, comemora-se o centenário deste homem tão impressionante e não param de aparecer livros que falam sobre seu legado contra o Apartheid, reforçando a ideia de “para que não se esqueça, para que nunca mais aconteça”.
A última obra que encontrei foi Vovô Mandela. Já tinha lido alguma coisa sobre ele e é, de fato, uma obra bem interessante para ser lido para crianças. A narrativa é feita por Zindzi, uma das filhas de Nelson Mandela com Winnie Mandela. Ela conta para seus netos, Zazi e Ziwelene, a história dos pais. A autoria é dela e dos netos e a ilustração ficou por conta de Sean Qualls. No livro fala-se também do Ubuntu, que é uma forma de olhar para o mundo que acredita que “eu sou porque todos somos”. Também descobri que existe uma organização chamada Mandela Legacy “que contribui com seus recursos e capacidade para ajudar o cliente a estabelecer uma Identidade Corporativa ativa que lhes permita criar empreendimentos sustentáveis onde possam direcionar esse valor para suas diversas iniciativas sociais” e em seus programas inclui “desenvolvimento de negócios humanitários, publicação, relações públicas / marketing social e caridade”.
Aqui em casa, cada vez que esse livro é lido, gera um monte de discussão sobre temas sociais bem legais. A cada nova leitura uma pergunta diferente aparece, uma nova constatação surge. Já aconteceu de eu não conseguir terminar de ler uma página e uma observação ser apresentada (isso acontece mesmo havendo um acordo de que é necessário terminar a leitura de pelo menos uma página).
Acho que, assim, estamos plantando sementinhas de paz e respeito.
A última obra que encontrei foi Vovô Mandela. Já tinha lido alguma coisa sobre ele e é, de fato, uma obra bem interessante para ser lido para crianças. A narrativa é feita por Zindzi, uma das filhas de Nelson Mandela com Winnie Mandela. Ela conta para seus netos, Zazi e Ziwelene, a história dos pais. A autoria é dela e dos netos e a ilustração ficou por conta de Sean Qualls. No livro fala-se também do Ubuntu, que é uma forma de olhar para o mundo que acredita que “eu sou porque todos somos”. Também descobri que existe uma organização chamada Mandela Legacy “que contribui com seus recursos e capacidade para ajudar o cliente a estabelecer uma Identidade Corporativa ativa que lhes permita criar empreendimentos sustentáveis onde possam direcionar esse valor para suas diversas iniciativas sociais” e em seus programas inclui “desenvolvimento de negócios humanitários, publicação, relações públicas / marketing social e caridade”.
Aqui em casa, cada vez que esse livro é lido, gera um monte de discussão sobre temas sociais bem legais. A cada nova leitura uma pergunta diferente aparece, uma nova constatação surge. Já aconteceu de eu não conseguir terminar de ler uma página e uma observação ser apresentada (isso acontece mesmo havendo um acordo de que é necessário terminar a leitura de pelo menos uma página).
Acho que, assim, estamos plantando sementinhas de paz e respeito.
quinta-feira, 18 de outubro de 2018
Quem manda aqui?
Já percebeu que em todos os lugares sempre tem alguém que manda e alguém que obedece? Dá uma olhada nos livros infantis, nos filmes direcionados para as crianças... Agora amplia isso para o mundo adulto… As relações de poder estão em toda parte, na nossa vida, desde pequenos. O livro “Quem manda aqui?” fala sobre política para crianças, de André Rodrigues, Larissa Ribeiro, Paula Desgualdo e Pedro Markun. O livro fala, justamente, dessas relações de poder que existem no nosso cotidiano.
Publicado pela Companhia das Letrinhas é fruto de um trabalho colaborativo. Primeiro, a produção foi apoiada por financiamento coletivo por meio da plataforma Catarse. Além disso, temas, imagens e todo o conteúdo do livro foram inspiradas em oficinas com crianças entre três e dez anos, de São Paulo e Ouro Preto. Segundo os autores o livro “não pretende dar respostas, mas convidá-la [a criança] a pensar. Queremos levar o assunto para dentro de casa e para a sala de aula. Para que, juntas, crianças e adultos possam questionar as coisas como são e refletir sobre como elas poderiam ser”.
Em cada página do livro há o questionamento sobre as formas de governar e tomar decisões: por que um rei é rei? O que é escravidão? e por aí vai… Não há um personagem único, são vários ao longo da história. Aqui em casa, a primeira vez que contamos, fomos parando. Porque em cada página havia uma pergunta a mais, uma busca por parte das crianças de entender porque certas coisas (como a escravidão) existiam. Na segunda vez, foi mais tranquilo. Primeiro, lemos tudo para depois conversar. No livro não há a indicação etária. Aqui em casa eles eram pequenos quando o livro chegou (o mais velho tinha uns sete e o mais novo perto dos quatro).
Ah, além da versão impressa há uma versão on-line gratuita disponível para download .
Publicado pela Companhia das Letrinhas é fruto de um trabalho colaborativo. Primeiro, a produção foi apoiada por financiamento coletivo por meio da plataforma Catarse. Além disso, temas, imagens e todo o conteúdo do livro foram inspiradas em oficinas com crianças entre três e dez anos, de São Paulo e Ouro Preto. Segundo os autores o livro “não pretende dar respostas, mas convidá-la [a criança] a pensar. Queremos levar o assunto para dentro de casa e para a sala de aula. Para que, juntas, crianças e adultos possam questionar as coisas como são e refletir sobre como elas poderiam ser”.
Em cada página do livro há o questionamento sobre as formas de governar e tomar decisões: por que um rei é rei? O que é escravidão? e por aí vai… Não há um personagem único, são vários ao longo da história. Aqui em casa, a primeira vez que contamos, fomos parando. Porque em cada página havia uma pergunta a mais, uma busca por parte das crianças de entender porque certas coisas (como a escravidão) existiam. Na segunda vez, foi mais tranquilo. Primeiro, lemos tudo para depois conversar. No livro não há a indicação etária. Aqui em casa eles eram pequenos quando o livro chegou (o mais velho tinha uns sete e o mais novo perto dos quatro).
Ah, além da versão impressa há uma versão on-line gratuita disponível para download .
quinta-feira, 11 de outubro de 2018
MInha professora é um monstro
Esse título me assustou quando vi o livro, pela primeira vez, na mão dos meus filhos, que insistiam que queriam levar para casa. Eu estava disposta a não dar um livro que fizesse tal afirmação até que vi o complemento do título: “não sou, não”. Parecia melhor.
Meus filhos insistiam muito porque, segundo eles, era muito engraçado. Eu cedi e o livro de Peter Brown foi uma das nossas leituras naquela noite. Foi bem divertido fazer essa leitura.
A professora, de fato, é um monstro no começo do livro. Mas ao longo da obra ela vai se transformando e isso é muito legal. Eu acho que essa transformação é evidente para as crianças, mas como em todo livro, fazer a mediação é importante. Foi isso que fizemos. Conversamos sobre os motivos que fazem dos professores e, em alguns momentos, os pais (e tantas outras pessoas) serem monstros. Essa conversa foi ótima!
Como mãe e como professora, o livro e a conversa também foram legais. Porque abriram um caminho para que eu me olhasse dentro desses papéis (mas a obra vai para além disso e isso é demais!). Hoje a obra, vira e mexe, aparece na nossa lista de leitura.
P.S: a dedicatória é muito lindinha.
Meus filhos insistiam muito porque, segundo eles, era muito engraçado. Eu cedi e o livro de Peter Brown foi uma das nossas leituras naquela noite. Foi bem divertido fazer essa leitura.
A professora, de fato, é um monstro no começo do livro. Mas ao longo da obra ela vai se transformando e isso é muito legal. Eu acho que essa transformação é evidente para as crianças, mas como em todo livro, fazer a mediação é importante. Foi isso que fizemos. Conversamos sobre os motivos que fazem dos professores e, em alguns momentos, os pais (e tantas outras pessoas) serem monstros. Essa conversa foi ótima!
Como mãe e como professora, o livro e a conversa também foram legais. Porque abriram um caminho para que eu me olhasse dentro desses papéis (mas a obra vai para além disso e isso é demais!). Hoje a obra, vira e mexe, aparece na nossa lista de leitura.
P.S: a dedicatória é muito lindinha.
quinta-feira, 20 de setembro de 2018
5 livros para crianças que estão começando a ler
Eu adoro ler para os meus filhos. Leio de tudo: livro grande, pequeno, com rima ou sem, livro ‘teórico’ ou ficção. Mas eu sei que uma criança, quando começa a juntar as primeiras letrinhas vai devagar, precisa de tempo e de livros adequados para esta fase.
A fase de alfabetização é emocionante (aliás vê-los crescendo é emocionante). Aqui em casa, um deles já passou por essa fase e agora o outro está começando. Então tivemos que dar uma renovada nas obras dedicadas a esse período tão lindo e cheio de descobertas. Então, para quem procura sugestões para mostrar como ler é para lá de divertido, seguem cinco dicas que fazem o maior sucesso aqui em casa.
1. O ovo ou a galinha? - Escrito por Gustavo Rosa, Maria Cristina Raposo de Mello e Milton Célio de Oliveira Filho essa obra é pura diversão. Os textos de cada página são curtos, com rimas muito divertidas e lindamente ilustrados (em 2012 venceu o prêmio Jabuti na categoria melhor ilustração). As letras são grandes (importante para a fase de alfabetização) e as palavras são relativamente fáceis.
2. O peru de peruca - Obra escrita por Sonia Junqueira (uma das autoras mais lidas aqui em casa) é parte de uma coleção muito interessante da editora Ática, chamada Estrelinha. Os livros que na capa trazem uma estrelinha são para crianças que estão começando a ler e é o caso deste livro. Esta leitura também vai gerar muito riso, porque o peru acaba sendo confundido com um monstro pelos outros animais, por conta de uma peruca. Também tem letras grandes e textos curtos.
3. Cabe na mala - Esse é outro livro que faz parte de uma coleção para quem está iniciando no mundo das letras. Dessa vez a coleção se chama Mico Maneco e foi publicada pela editora Salamandra. O livro Cabe na mala é do Mico Maneco I, ou seja, para aqueles que estão começando a alfabetização. Ana Maria Machado (outra das mais pedidas aqui em casa) mostra, de maneira simples, quantas coisas podem caber na mala de uma vaca e de um cavalo (se organizar direitinho cabe muita coisa). As ilustrações do Claudius Ceccon dão muita cor ao texto. Uma obra deliciosa de ler. Foi o primeiro livro que meu caçula leu. Ele adorou e, claro, que leu mais algumas vezes, e nós também lemos para ele.
4. A boca do sapo - que bicho tem a boca maior? Essa é a pergunta que guia essa história escrita por Mary França e ilustrada por Eliardo França. Com ela dá para falar sobre formas, tamanho e também sobre diferença (pelo menos aqui em casa foi possível). É parte da coleção Gato e Rato (editora Ática) destinada a crianças não alfabetizadas ou em fase de alfabetização.
5. Coleção agora já consigo ler - publicada pela editora Todo Livrinho traz em cada exemplar vários textos. O que temos aqui em casa é de Histórias de ninar e é muito fofo. Cada historinha tem cerca de seis páginas com letras grandes e bem divertidas. No final do texto tem uma lista de palavras para serem lidas novamente e outra com imagens e palavras que estavam na história, o que é uma ótima oportunidade para voltar lá na página em que a figura está e conversar sobre a história.
A fase de alfabetização é emocionante (aliás vê-los crescendo é emocionante). Aqui em casa, um deles já passou por essa fase e agora o outro está começando. Então tivemos que dar uma renovada nas obras dedicadas a esse período tão lindo e cheio de descobertas. Então, para quem procura sugestões para mostrar como ler é para lá de divertido, seguem cinco dicas que fazem o maior sucesso aqui em casa.
1. O ovo ou a galinha? - Escrito por Gustavo Rosa, Maria Cristina Raposo de Mello e Milton Célio de Oliveira Filho essa obra é pura diversão. Os textos de cada página são curtos, com rimas muito divertidas e lindamente ilustrados (em 2012 venceu o prêmio Jabuti na categoria melhor ilustração). As letras são grandes (importante para a fase de alfabetização) e as palavras são relativamente fáceis.
2. O peru de peruca - Obra escrita por Sonia Junqueira (uma das autoras mais lidas aqui em casa) é parte de uma coleção muito interessante da editora Ática, chamada Estrelinha. Os livros que na capa trazem uma estrelinha são para crianças que estão começando a ler e é o caso deste livro. Esta leitura também vai gerar muito riso, porque o peru acaba sendo confundido com um monstro pelos outros animais, por conta de uma peruca. Também tem letras grandes e textos curtos.
3. Cabe na mala - Esse é outro livro que faz parte de uma coleção para quem está iniciando no mundo das letras. Dessa vez a coleção se chama Mico Maneco e foi publicada pela editora Salamandra. O livro Cabe na mala é do Mico Maneco I, ou seja, para aqueles que estão começando a alfabetização. Ana Maria Machado (outra das mais pedidas aqui em casa) mostra, de maneira simples, quantas coisas podem caber na mala de uma vaca e de um cavalo (se organizar direitinho cabe muita coisa). As ilustrações do Claudius Ceccon dão muita cor ao texto. Uma obra deliciosa de ler. Foi o primeiro livro que meu caçula leu. Ele adorou e, claro, que leu mais algumas vezes, e nós também lemos para ele.
4. A boca do sapo - que bicho tem a boca maior? Essa é a pergunta que guia essa história escrita por Mary França e ilustrada por Eliardo França. Com ela dá para falar sobre formas, tamanho e também sobre diferença (pelo menos aqui em casa foi possível). É parte da coleção Gato e Rato (editora Ática) destinada a crianças não alfabetizadas ou em fase de alfabetização.
5. Coleção agora já consigo ler - publicada pela editora Todo Livrinho traz em cada exemplar vários textos. O que temos aqui em casa é de Histórias de ninar e é muito fofo. Cada historinha tem cerca de seis páginas com letras grandes e bem divertidas. No final do texto tem uma lista de palavras para serem lidas novamente e outra com imagens e palavras que estavam na história, o que é uma ótima oportunidade para voltar lá na página em que a figura está e conversar sobre a história.
sábado, 1 de setembro de 2018
A águia que não queria voar
A história é de um naturalista, que encontra uma águia que não quer voar e, que era vista pelos outros, como uma galinha. Esse é o enredo deste livro de James Aggrey, ilustrado por Wolf Erlbruch. Uma história que fala sobre respeito às diferenças, sobre autoconfiança e autoestima. A história é antiga, foi escrita no final do século XIX, e ajuda a contar, especialmente pela biografia apresentada no fim da obra, um pouco da história do continente africano, mas é claro que não é só isso. “Esta fábula nos lembra que, mesmo adormecida, a grandeza humana não se deixa extinguir nem mesmo pela mais severa opressão”, diz uma frase na contracapa do livro.
James Aggrey era missionário e pedagogo em uma cidade de Gana, num período em que todos os países do continente africano estavam sob o domínio de países europeus. Foi para esses povos subjugados, que James contou sua história, para que acreditassem em si.
James Aggrey era missionário e pedagogo em uma cidade de Gana, num período em que todos os países do continente africano estavam sob o domínio de países europeus. Foi para esses povos subjugados, que James contou sua história, para que acreditassem em si.
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